quinta-feira, 17 de março de 2011

Recém-formado sofre! (2)

Eu não topei! Um misto de revolta, idealismo e indignação me impediram de aceitar essas condições degradantes de trabalho. Comecei a fazer trabalhos freelas, pondo em prática aquilo que eu aprendi na faculdade de uma maneira não convencional. Mas foi isso que me manteve sã e me ajudou a enxergar que se eu quisesse trabalho digno (sem QI para ajudar) eu teria que ter mais do que talento e qualidade. 

Também foi por causa desses trabalhos que eu consegui ser contratada para cobrir férias, licenças e fazer outros trabalhos temporários em grandes empresas.  Isso me ajudou bastante! A grande rotatividade de empresas, os diversos tipos de chefia a quem eu respondia, os diferente padrões de trabalho e tudo mais me ajudaram a trabalhar melhor, ganhar experiência em várias áreas do jornalismo e a ler o mercado.

Não tive estabilidade, benefícios, férias, salário fixo, nem previdência. Arquei com todas as minhas despesas trabalhistas (tive muita ajuda da família nas despesas pessoais), levei calotes, passei raiva, mas tenho absoluta certeza que foi muito melhor do que aceitar aquela proposta (verdadeira!) humilhante. 

Essa bagagem de conhecimento profissional e de vida era exatamente o que eu precisava para abrir a minha própria empresa de comunicação empresarial, a Comunicar 360º, em dezembro de 2009. Já que não existia emprego disponível na minha área com as condições que eu merecia, eu criei! Como eu gosto de dizer: se não existe, a gente cria! E hoje sou eu quem oferece emprego aos colegas!



7 comentários:

  1. Boa noite Christina! Excelente artigo sobre os recém-formados da nossa área de comunicação, que é tão complicada. Infelizmente só conseguimos emprego assim: indicação, freelas ou cobrindo as férias de alguém, nunca do jeito que a gente sonha. Sem valorização e segurança. Essa sua ideia de montar seu próprio negócio acredito que seja o sonho de muitos comunicadores. Caso tiver uma vaga para jornalista, gostaria de encaminhar meu currículo, tem como?

    Obrigada!

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  2. Olá Carolina! Obrigada pelo comentário! Eu trabalho com uma rede de colegas - quase uma cooperativa - que são chamados dependendo do tamanho e das necessidades dos trabalhos. Sempre que preciso de ajuda recorro a esses colegas.
    Eu trabalho com textos para jornais, revistas, sites, etc, além de produzir jornais e revistas institucionais. Também atuo na área de consultoria, AI e criação e implantação de ações de comunicação em empresas e eventos.
    E você? Manda seu currículo para o meu e-mail (comunicar360graus@gmail.com), ok?
    Abraço!

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  3. eu fui pelo mesmo caminho: criei uma empresa =) hahaha E acho que foi um dos caminhos mais acertados da minha vida.

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  4. Concordo! Estou feliz com a decisão, mesmo com todas as dificuldades de se manter uma empresa. O resultado é gratificante! ;)

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  5. Boa noite Christina! Infelizmente tenho que concordar com você a respeito da dificuldade dos recém-formados de conseguir um emprego. Isso está acontecendo comigo atualmente. Eu me formei no meio do ano passado em Administração de Empresas e até agora não consegui arranjar um emprego. Tenho pensado em aceitar um emprego com funções e salários menores, mas ao mesmo tempo penso que não seria justo depois do meu esforço. É uma pena mesmo que isso ocorre com frequência no nosso país.

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  6. Oi...Infelizmente valoriza-se muito o saber e pouco o aprender! O ideal ( na minha opinião )
    seria começar num nível abaixo, provavelmemte com salário abaixo do merecimento.

    -aprender, ficar aproximadamente 01 ano / 01 ano e meio, procurar outro no segmento que deseja, pedir demissão.
    - repetir o procedimento até conseguir a experiência que o mercado necessita e das suas motivações e ambições profissionais.

    obs . faça um book de cada empresa que trabalhar,comtemplando normas procedimentos, operações etc..não esquecer claro de sua avaliação nesses processos.

    Eu fiz assim, funcionou e bem!

    Boa sorte!

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