domingo, 27 de março de 2011

O mercado procura por Gerentes técnicos ou Gestores de pessoas?

Em todos os sites onde se ofertam empregos, incluindo o linkedin, vejo que as vagas para Gerentes, no meu caso de Tecnologia, há uma grande preocupação em buscar profissionais com grande conhecimento técnico na área, é muito pouco solicitado experiência com gestão de equipes, desenvoltura em negociação, relacionamento interpessoal. Será que um grande conhecedor técnico se dará bem na Gestão? Será que um grande gestor de pessoas, projetos, se dará bem em uma área altamente técnica? 

Qual o peso para equilibrar a balança e ter resultados?


Gerente de TI / Projetos


Caro Murilo, 

Creio que o mercado ainda procura, infelizmente, gerentes majoritariamente técnicos. Porém, o fato de um gestor possuir muita experiência e conhecimento técnico não o impossibilita de buscar um aperfeiçoamento no que tange ao relacionamento com suas equipes e demais colegas de trabalho, se tornando assim um gestor completo. 

Nesse momento, é vital que as empresas comecem a entender e valorizar os relacionamentos, sejam eles com os clientes, fornecedores e entre os próprios funcionários. Mas é importante frisar que é o conhecimento técnico que move a empresa. Enfim, os dois são de suma importância e se complementam.

Análises, opiniões e dúvidas sobre mercado de trabalho

Estou respondendo perguntas e algumas dúvidas sobre vários assuntos tais quais comunicação, internet e assuntos correlatos no Linkedin. Acho muito importante e por isso trarei para o nosso espaço aquelas que achar mais interessante. Espero que gostem!

http://www.linkedin.com/profile/edit?locale=pt_BR&goback=%2Enmp_*1_*1_*1_*1_*1&trk=spm_pic

quinta-feira, 24 de março de 2011

Há espaço para profissionais superqualificados nas empresas brasileiras?

O aumento do número de faculdades e cursos de qualificação no Brasil criou um cenário onde ter graduação e ser competente não é mais suficiente para o mercado. A fim de resolver esse problema, muitos profissionais partem em busca de especializações, MBAs, mestrados, aperfeiçoamentos, cursos no exterior e geram um fenômeno conhecido como os superqualificados.

Mas o mercado brasileiro ainda não tem condição de absorver essa mão de obra excelente, segmentada e mais cara. Não há espaço para todos esses profissionais em um país pouco desenvolvido como o nosso, o que gera um grande dilema: continuar os estudos e se aperfeiçoar ainda mais a fim de conseguir reconhecimento e contratação com salários e benefícios condizentes com seu nível de experiência e escolaridade ou aceitar trabalhar por salários e em funções inferiores ao merecido para não ficarem fora do mercado de trabalho por muito tempo?

As duas opções são válidas. A primeira demonstra a vontade de o profissional se destacar mais ainda dos demais e se tornar único, indispensável e disputado pelas empresas. Mas traz o perigo de o mesmo se tornar um expert apenas teórico, sem vivência do dia-a-dia e das dificuldades práticas do trabalho.

A segunda opção, por subestimar suas capacidades, pode desestimular o profissional. Ou fazer o contrário: torná-lo mais motivado a mostrar na prática todo o seu potencial e os benefícios que sua educação agrega para a organização. Dessa forma, ele pode conseguir não só uma promoção com aumento de salário, mas um subsídio da empresa para continuar seus estudos, oque seria uma ótima estratégia para ambos.

Posição das empresas

Não é qualquer empresa que contrata esses profissionais superqualificados para o se quadro de funcionários. Somente aquelas que têm visão estratégica é que o fazem. Alguns recrutadores sentem insegurança em aceitar tais pessoas, pois temem que elas mudem de emprego assim que surgir uma oportunidade melhor no mercado. Às vezes, diretores responsáveis pela contratação se sentem ameaçados por esse profissional e temem até pela sua própia posição dentro da empresa por entender que o candidato é melhor qualificado do que ele.

Isso acontece muito e acarreta enormes prejuízos intelectuais e financeiros para a empresa que perde a oportuinidade de ter um profissional de ponta que contribuiria para a evolução e crescimento da mesma no mercado, além de servir como estímulo e ensinar aos demais funcionários, gerando motivação ao crescimento profissional e individual dos colegas de trabalho.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Recém-formado sofre! (2)

Eu não topei! Um misto de revolta, idealismo e indignação me impediram de aceitar essas condições degradantes de trabalho. Comecei a fazer trabalhos freelas, pondo em prática aquilo que eu aprendi na faculdade de uma maneira não convencional. Mas foi isso que me manteve sã e me ajudou a enxergar que se eu quisesse trabalho digno (sem QI para ajudar) eu teria que ter mais do que talento e qualidade. 

Também foi por causa desses trabalhos que eu consegui ser contratada para cobrir férias, licenças e fazer outros trabalhos temporários em grandes empresas.  Isso me ajudou bastante! A grande rotatividade de empresas, os diversos tipos de chefia a quem eu respondia, os diferente padrões de trabalho e tudo mais me ajudaram a trabalhar melhor, ganhar experiência em várias áreas do jornalismo e a ler o mercado.

Não tive estabilidade, benefícios, férias, salário fixo, nem previdência. Arquei com todas as minhas despesas trabalhistas (tive muita ajuda da família nas despesas pessoais), levei calotes, passei raiva, mas tenho absoluta certeza que foi muito melhor do que aceitar aquela proposta (verdadeira!) humilhante. 

Essa bagagem de conhecimento profissional e de vida era exatamente o que eu precisava para abrir a minha própria empresa de comunicação empresarial, a Comunicar 360º, em dezembro de 2009. Já que não existia emprego disponível na minha área com as condições que eu merecia, eu criei! Como eu gosto de dizer: se não existe, a gente cria! E hoje sou eu quem oferece emprego aos colegas!



domingo, 13 de março de 2011

Buscando soluções

É triste constatar que em um país onde dizem haver crescimento nas vagas de trabalho, há tantos profissionais qualificados fora do mercado. Nossos governantes não perceberam, ou fingem que não, que tais vagas existentes são destinadas à pessoas de baixa escolaridade e com remuneração baixíssima. Não podemos aceitar isso. Criei esse blog para podermos compartilhar histórias e buscar soluções para esse problema de desenvolvimento nacional.

Esse espaço é destinado aos universitários, recém-formados e todos aqueles que já passaram, conhecem alguém ou estão passando  por esse sofrimento de concluir a graduação e não mais conseguir emprego. Infelizmente, o típico cenário do recém formado é: para alguns cargos você é qualificado demais e para outros não têm a experiência necessária. De uma forma ou de outra, você continua desempregado.

sábado, 12 de março de 2011

Recém-formado sofre! (parte 1)

Foi se o tempo em que diploma era sinônimo de sucesso, futuro, prestígio ou pelo menos de emprego. Graduação hoje não vale quase nada. É isso mesmo, "quase"! Ainda vale a pena cursar o ensino superior? Sim! E muito! É lá que você irá amadurecer, fazer novos amigos, conhecer a vida de gente grande que paga contas e tem problemas de convivência com o colega de trabalho. É lá que você terá grandes ideias, fará grandes projetos e estagiará em empresas maravilhosas. 

Mas a faculdade acaba e com ela os estágios engrandecedores. Ai chega o momento de pôr os conhecimentos em prática e correr atrás de um ótimo emprego. Você prepara seu lindo e rico currículo, vai procurar seus ex contratantes e nada. Eles informam que você, meu querido, é um ótimo profissional e terá uma carreira brilhante pela frente, mas para eles é mais barato manter um estagiário que faz a mesma coisa que você faria por 1/4 do valor, sem benefícios, férias e obrigações trabalhistas.

Decepções à parte, você se enche de coragem e procura seus colegas - que estão, em sua maioria, na mesma situação ou pior -, seus antigos professores e todos os outros que consegue pensar. E nada! Ai as propostas indecentes começam... Gostei muito do seu currículo e quero contratá-lo para trabalhar de seg. à sáb., das 8h às 19h, com meia hora de almoço, regime PJ, sem 13º, 15 dias de férias e pagando R$ 700,00! Aceita? Lembrando que a mensalidade da faculdade era mais que isso! 

E ai? Vai ou não vai?