sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Brasil é o novo destino para profissionais estrangeiros qualificados em busca de oportunidades de emprego

O Brasil tornou-se tendência por ter sobrevivido às últimas crises que assolaram o mundo sem grande impacto na economia. Muito pelo contrário, a pujança produtiva e o boom do mercado do país impressionam. Mas também pudera, o Brasil está muito acostumado a lidar e sobreviver a crises. A nossa experiência e resiliência nos ajudou a superar mais essas e fez do país um alvo para profissionais estrangeiros qualificados em busca de trabalho.

Segundo o Ministério do Trabalho e Renda (MTR), em 2010 houve um aumento de 30% no número de pedidos de visto de trabalho no Brasil em relação a 2009. A regular situação financeira que o Brasil se encontra hoje é um dos chamarizes para trabalhadores estrangeiros de qualidade e também brasileiros expatriados que estão sem emprego nos países em crise – como Portugal, Irlanda, Grécia, EUA – migrarem ou retornarem para cá. Outros fatores importantes na geração de todo esse interesse são a proximidade da realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além do descobrimento das reservas do pré-sal.

Os investidores estrangeiros também enxergam boas oportunidades aqui. Eles apostam na demanda por infra-estrutura, aumento de investimento na indústria, e nos setores de energia, óleo e gás. Várias multinacionais que desejam se inserir no mercado brasileiro mandam funcionários responsáveis especificamente pela implantação das mesmas no Brasil e pelo treinamento de seus novos funcionários locais. Terminadas essas tarefas, eles voltam para o país de origem. Por isso, de acordo com o MTR, cerca de 90% das autorizações para trabalhar no Brasil são temporárias. Mas isso está mudando.

Nosso país já atraía profissionais das áreas de gestão, construção civil e engenharia devido a uma escassez desses por aqui, mas agora todos os tipos de profissionais estão encarando o Brasil como uma oportunidade de crescimento. A maioria das autorizações de trabalho permanentes concedidas no Brasil em 2010 foram para administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão, ainda segundo o MTR.

Não bastava a escassez de bons postos de trabalho que vivemos agora, apesar da bonança econômica, vamos enfrentar uma realidade européia: atração de mão de obra estrangeira para concorrer como mercado interno. Isso é bom? Até que ponto é válido? Temos condições de acolher esses estrangeiros e os nossos profissionais no nosso mercado de trabalho atual? 

39 comentários:

  1. o imposto sobre a renda pessoal é um dos instrumentos utilizados pelos países, sobretudo emergentes, para atrair mão-de-obra qualificada.

    Dubai e a Rússia, por exemplo, são os dois países com menor nível de tributação e não fazem nenhuma diferenciação entre a taxa aplicada sobre a renda dos profissionais em qualquer das duas faixas analisadas.

    Enquanto um profissional na Rússia leva 87% do seu salário após os impostos e encargos - independentemente da faixa de salário -, Dubai tem alardeado seu regime de "imposto zero" como um dos maiores atrativos de se trabalhar no emirado.

    As primeiras posições entre os países com carga tributária mais leve para as classes privilegiadas são todas ocupadas por emergentes, como Egito, Estônia, Brasil e México.

    Além disso, todos os países emergentes da pesquisa diferenciam relativamente pouco entre profissionais de renda alta e mais baixa.

    "As companhias olham para o nível de tributação sobre a pessoa física para decidir onde investir", disse o sócio da UHY Hacker Young, o britânico Mark Giddens.

    "Se a taxação for muito alta, elas podem ter dificuldades em atrair talentos."

    Paulo Moreira diz que o Brasil não é exceção a esta regra, e que a tributação leve para as classes mais altas é "um fator favorável na atração do talento".

    "Essa é uma escolha dura: ou se facilita a vida dos menos qualificados (que ganham menos) ou a vida dos mais qualificados", raciocina.

    "O argumento é que mais qualificados trarão tecnologia e conhecimento, e que tecnologia e esse conhecimento, por sua vez, trarão condições de melhorar também os menos qualificados."

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  2. O Brasil sempre teve tradição de aceitar muito bem estrangeiros que vieram viver aqui, mas, infelizmente, acostumou-se a importar conhecimento ao invés de fomentar a P&D de inovação aqui. Sou a favor da atração de novos capitais para o Brasil. Também não acho de todo ruim a vinda de estrangeiros para cá afim de repassar conhecimento, mas é só. Não acho justo a competição que isso gera. Muitas vezes, eles têm anos de experiência tecnológica, mais estudo acadêmico e outras vantagens exigidas pelo mercado de trabalho.

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  3. Olá Christina,
    Fiquei pensativo com o conteúdo desta pesquisa.
    Venho conversando com colegas em posições gerenciais em multinacionais e o comentário geral é que tem muito "swap-out". Algumas multinacionais vem realocando os seus executivos de países em crise para o Brasil. O executivo brasileiro é demitido e o seu lugar é ocupado por um "expatriate".
    Por outro lado não é bem verdade a questão da falta de profissionais qualificados tão "chorada" pelas empresas aquí. Se um profissional de 40+ qualificado se candidatar para uma vaga, o mais provável é que ele NÃO seja contratado e que a empresa continue com a choradeira...
    A midia só reproduz comentários do ministério e das empresas mas ninguém pesquisou o assunto a fundo
    É um assunto interessante para uma jornalista pesquisar. Não é mesmo?

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  4. Olá Luis,
    O assunto é interessante mesmo e definitivamente merece um estudo mais aprofundado. Concordo quando diz que os profissionais brasileiros mais antigos estão sendo substituídos por executivos estrangeiros e/ou encontram dificuldade de recolocação no mercado. É isso que eu temo com a vinda sem restrições de trabalhadores estrangeiros para cá. A concorrência nem sempre é em pé de igualdade, já que o nosso governo nunca investiu em educação e qualificação dos nossos trabalhadores. Já os países mais desenvolvidos...
    Abs

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  5. Um dos setores que atraem os estrangeiros é o de "energia", principalmente por causa do mercado de petróleo em expansão no país e as indústrias de exploração de gás. Há também oportunidades em outros setores, tais como infra-estrutura, mineração, varejo e finanças.

    Ah... não nos esqueçamos: em 2014 sediaremos a Copa do Mundo; em 2016, os Jogos Olímpicos!...

    SINAL DE ALERTA: os profissionais estrangeiros não estão aportando aqui para correr atrás de nossas exóticas borboletas... Como sabem que suas principais empresas transnacionais estão adquirindo empresas brasileiras, eles vêm usufruir das benesses de uma << dupla cidadania >> !...

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  6. Pois é, Cid. Temos que nos reguardar... mas o nosso governo parece não saber disso.

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  7. Quer gostemos ou não, eles virão em hordas, dos PIIGS e do Leste europeu. Temos que nos qualificar e estar preparados para a concorrência.

    CONFORME EU HAVIA DITO:
    Entre 2003 e 2007, a Espanha recebeu dezenas de milhares de imigrantes, mas a crise econômica que persiste no país está alterando o fluxo migratório. Sem emprego no presente e sem perspectivas para o futuro, os estrangeiros procuram saídas em outros lugares. E o Brasil virou meta para os latino-americanos de baixa formação. De acordo com quatro relatórios que investigam as respostas dos imigrantes diante da crise, o Brasil aparece entre os três destinos preferidos de sul-americanos hispânicos (junto com Estados Unidos e Argentina) como opção para conseguir emprego.

    Uma pesquisa da agência de empregos Randstad revelou que 65% dos imigrantes ilegais na Espanha estão pensando ou decididos a trocar a Europa por outro mercado se não encontrarem trabalho até 2012. Os estudos antecipam um fluxo que já pode ter começado. Em 2010, pela primeira vez nos últimos 35 anos, a Espanha registrou uma taxa de saída de população ativa maior do que a de entrada.

    No ano passado, 48 mil imigrantes chegaram e 43 mil estrangeiros retornaram aos seus países de origem, mas 90 mil espanhóis também foram morar no exterior. O ritmo de redução é tão vertiginoso que em cinco anos o fluxo de chegada pode ser praticamente nulo. Pelas previsões da Fundação de Estudos de Economia Aplicada, se a crise se mantiver como agora, em 2014 chegariam apenas 3 mil imigrantes.

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  8. Saídas
    Josep Oliver, professor de economia da Universidade Autônoma de Barcelona e um dos autores do Anuário de Imigração da Espanha, do Ministério do Interior, disse que “80% dos imigrantes não têm outras saídas além do aeroporto rumo a mercados com melhores opções, como o Brasil, que oferece oportunidades sólidas”. A pesquisa Mobilidade Laboral, da Randstad, indica que a Espanha perdeu interesse para o trabalhador estrangeiro de baixa formação.

    A razão é o perfil destes imigrantes, cujos currículos se limitam a ofícios relacionados a áreas que não se reativam, como serviços e construção. O setor de construção foi precisamente o que detonou a crise de desemprego. De 2008 a 2010 quebraram mais de 200 mil empresas do ramo, que davam trabalho a 70% dos imigrantes sul-americanos, segundo dados oficiais.

    Os estrangeiros entrevistados na pesquisa responderam que querem sair da Espanha, mas temem crises políticas e econômicas na América Latina e só vêem bonança financeira no Brasil, onde criticam a falta de segurança pública. Mais ainda assim estão convencidos de que se não encontrarem emprego até 2012, o caminho é o aeroporto. Estados Unidos, Brasil ou Argentina, na ordem dos mais votados.

    Alta formação
    O Brasil também aparece como opção para espanhóis de alta formação.Um estudo elaborado pela consultora Adecco e pela Universidade de Navarra indica que os espanhóis com alto grau de formação e que também foram atingidos pela crise colocam o Brasil como um dos seis destinos preferidos para emigrar por emprego. O mercado brasileiro é visto como opção para 55% dos entrevistados, junto com Alemanha, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Argentina.

    O perfil médio dos interessados em cruzar o Atlântico é de homens, entre 25 e 35 anos, com formações em engenharia, arquitetura, informática, medicina, biologia e investigação científica.

    – Que engenheiro ou arquiteto não quer ir para o Brasil, de olho nas obras de infraestrutura? Está tudo por fazer, e agora há também recursos, referências de empresas espanholas já estabelecidas e a abertura ao (idioma) espanhol. Essas pessoas entendem que insistir aqui é uma perda de tempo. O Brasil cresce a uma velocidade que nenhum país da Europa pode se comparar – disse o professor de Economia da Universidade de Navarra Sandalio Gómez, autor do relatório apresentado em janeiro.

    Os dados do Instituto Nacional de Estatística confirmam a tendência. Até janeiro de 2011, havia 1,8 milhão de espanhóis morando em outros países; 92.260 no Brasil, um aumento de 10.071 pessoas em um ano no território brasileiro.

    Problemas
    Mas, apesar das oportunidades, o país perde para outros destinos em vários quesitos. Os entrevistados da pesquisa ressaltam insegurança, falta de serviços públicos de qualidade, instabilidade econômica e jurídica para quem quer criar um negócio próprio e a distância de seus lugares de origem como barreiras a levar em consideração. O governo espanhol reforça estas conclusões. A diretora-geral do Departamento de Emigração, (que estuda as condições dos espanhóis em outros países), Pilar Pin, define como impedimentos as carências nos sistemas de seguro-desemprego, rede púbica de saúde e educação e a legislação trabalhista.

    Em um relatório oficial apresentado em maio depois de uma visita a Brasília, Pin afirmou que o Brasil tem “enorme potencial com seus iminentes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, além de obras para abastecimento de energia, proteção ambiental e turismo”. Apesar disso, o relatório observa: “A legislação de implantação de empresas no Brasil é restritiva demais. Nossos trabalhadores vão com licença de obra. No final do contrato encontram muitas dificuldades para estabelecer-se por conta própria”.

    Mesmo assim, segundo o relatório, as autoridades brasileiras calculam que faltam 1,9 milhão de profissionais de alta qualificação. Uma lacuna que os espanhóis poderiam ocupar.

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  9. A língua ainda é o grande obstáculo para estes profissionais

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  10. Olá Janaína, isso está mudando!
    Eles estão correndo atrás desse conhecimento para poderem ingressar em nosso mercado.Hoje várias escolas de idioma estão sendo procuradas por estrangeiros interessados em aprender português. A procura por cursos on-line e em universidades como Harvard e MIT aumentou mais de 100% nos últimos 10 anos.

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  11. A Industria Petrolífera norte americana está despejando seus profissionais, sem ocupação imediata, no Brasil desde a visita daquele presidente, neste país.
    Incluem-se profissionais de áres afins em eletro eletronica, de automação, mecatronica e Engenharia Mecanica.

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  12. E naõ tenha dúvida que aqui encontrão muito trabalho, respeito e ganharão muito dinheiro. Claro!! nossa educação, cultura, escolas técnicas sempre foram esquecidas pelas nossos "Nobres" dirigentes. Agora diante desse quadro seremos mão de obra barata para os estrangeiros, que aqui aportarão e mais uma vez seremos escadas para o primeiro mundo.

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  13. Ainda dá tempo de mudar essa situação. Investir mais em educação e aperfeiçoamento dos nossos trabalhadores, fomentar iniciativas de P&D em inovação, restringir a entrada desenfreada de estrangeiros que visam trabalhar e/ou viver aqui e incentivar cada vez mais nossas empresas e indústrias para que possam competir em pé de igualdade com as estrangeira.

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  14. A presença de profissionais estrangeiros, notoriamente dos EUA, aumentou significativamente nos últimos anos - muito por conta da presença de empresas multinacionais por aqui. No entanto, trata-se de algo dicotômico: por um lado, isso mostra que, bem ou mal, a economia local vai bem mas, em contrapartida, a mão-de-obra daqui fica, de certo modo, em segundo plano.

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  15. Acredito que temos que nos preparar sim para o aumento da inserção estrangeira no nosso mercado em vários aspaectos: aprimoramento da linguagem universal, seja em que língua for. A comunicação bem feita encurta caminhos. Os nossos processos têm que ser mais simplificados, mais diretos e objetivos. Trabalhar bem e uma única vez, otimiza os processos. Temos que melhorar bastante neste aspecto. Podemos, e muito, contribuir para uma maior interação com nossa versatilidade, com nosso saber lidar com situações adversas, o que muitos chamam pejorativamente de "jeitinho brasileiro", eu prefiro chamar de capacidade de se adequar a situações inesperadas com o intuito de resolver uma situação adversa. O bom jogo de cintura é bem vindo. Saber que apesar de toda esta globalização, cada lugar, cada cultura, cada mercado é único e temos limites para atuar em cada um deles, portanto sabedores disto, temos também que mostrar ao proficcional estrangeiro até onde ele pode interferir no modo de agir, de viver e de trabalhar do nosso povo. Trabalhar o ponto exato deste "tempero" faz a diferença.

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  16. É isso mesmo, Jorge. o nosso "jeitinho", visto pejorativamente por muitos, é uma arma forte e interessante de diferenciação e também adequação às nuances dos mercados. Graças a esse jeitinho, somos capazes de superar contratempos e nos reerguer com criatividade e garra. Temos muitas qualidades, basta reconhece-las e valorizá-las.

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  17. O nosso governo fomenta os cursos técnicos como se fosse a melhor coisa para a massa. É como se um morador de periferia não tivesse a capacidade de chegar à faculdade, e, isso acaba acontecendo. O sistema "S" é uma grande mentira. "S" = Sesi, Senais, Sesc, Senac, etc.

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  18. Acho que o sistema S é bem útil para qualquer estudante (de periferia ou não) que queira se tornar um profissional técnico (muitíssimo valorizado no mercado de hoje em dia). Também acredito que qualquer um possa chegar a uma ótima faculdade (pública ou privada) com esforço e dedicação, já que o ensino público básico brasileiro majoritariamente é falho, insuficiente e ridículo em alguns casos.

    Petter, sem dúvida nenhuma sei que precisamos urgentemente de incentivos pesados em educação de qualidade para podermos evoluir esse país e competir sem medo com a concorrência estrangeira. Ainda dá tempo de mudar e criar algumas restrições para a entrada de trabalhadores de outros países no Brasil antes de mergulhar nosso mercado de trabalho interno em uma grande crise. Mas, para isso, é preciso haver cobrança e mobilização do povo brasileiro.

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  19. Acredito que o último parágrafo sintetiza bem minha opinião: é necessário evitar até mesmo um deslumbramento com a mão de obra estrangeira e valorizar mais o nosso mercado interno.

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  20. @ Christina Vc mesma afirmou;
    "A concorrência nem sempre é em pé de igualdade, já que o nosso governo nunca investiu em educação e qualificação dos nossos trabalhadores."

    Depreendo portanto, que Seu desapontamento e frustração é em relação aos Seus Governos, Governantes e respectivas atitudes ou falta delas...

    Vivemos na era da Globalização quer queiramos quer não; será pouco inteligente se os Brasileiros mostrarem essa postura provinciana, retrógrada, xenofóbica em relação aos estrangeiros (Gringos Lhes chamam!) dispostos a lutar e contribuir para o sucesso de tão Grande Nação como é o Brasil!
    Só terão a lucrar, se Os receberem de Braços Abertos, sem Preconceitos, de Mente Aberta dispostos a assimilar conhecimentos e experiências muitas delas internacionais, e Aprender com Humildade as lições que forem partilhadas. Sem duvida que essa troca de experiências e conhecimentos se fôr recíproca, então é o Brasil no Seu todo quem mais Lucrará no futuro imediato! (sic)

    P.S.: curiosidade; Seus antepassados vieram donde, hein?

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  21. Luis,

    Sou contra o xenofobismo e fico feliz com a entrada de estrangeiros no país, seja para morar ou trabalhar, desde que não venha para explorar o quanto puder e depois pular fora quando o Brasil não mais interessar. Talvez justamente por termos sido uma colônia de exploração eu tenha esse receio. Já passamos por isso antes.
    Quanto ao meu desapontamento com governo e com as políticas educacionais que temos há 500 anos (pouco melhorou ao longo desse tempo), eu os reafirmo e luto para mudar essa situação.
    O que eu defendo é restrição - jamais a proibição - da entrada desenfreada de estrangeiros no Brasil, do mesmo jeito que sofremos restrição para entrar em países europeus ou norte americanos. Temos que manter a mente aberta, cuidar sim dos nossos interesses e lucrar com essa proteção.
    E respondendo sua pergunta, sou descendente de poloneses e índios brasileiros com portugueses e egípcios. Uma bela mistura como a maioria do povo brasileiro.
    P.S.: Luis, se desejar investir, trabalhar, morar ou visitar o Brasil, garanto que será muito bem-vindo e recebido!
    Abs

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  22. Tal como na América do Norte original, o seu Povo eram os Índios (hoje confinados em reservas e sem direito a voto); mas seguramente não é isso que Vc teme. Depois, ao longo da Vossa história, vieram os poloneses, os portugueses, os egípcios e certamente muitos mais; mas também não creio que isso Vos tenha afectado, já que como Vc mesmo diz "Uma bela mistura como a maioria do povo brasileiro."
    Então, não consigo entender qual o Seu receio!

    O Seu e de muitos mais brasileiros (como ultimamente tenho constatado), é o reconhecer que apesar de tudo o que de positivo tem acontecido na economia Brasileira (oxalá essa bolha não estoure, como anteriormente já aconteceu), a realidade que Vc's estão agora constatando é que em tantas áreas não estão preparados para acompanhar o crescimento e desenvolvimento acelerado que o País atravesa no momento! E essa constatação, é claro que dói, que revolta e atemoriza; o que desejo é que Ela não se transforme num fator de revolta com sentimento de que quem está chegando, vem para nos explorar como no passado por terem sido uma colônia de exploração (segundo as Suas palavras!).

    Conheço e tenho muitos Amigos Brasileiros aqui na Europa, alguns com Cargos de destaque; posso Lhe afirmar que sofrem restrição aqueles que têm falta de documentos ou não os têm em ordem ou ainda não conseguem justificar meios de subsistência. E não são só os Brasileiros não; e acontece um pouco por todo o mundo sim...

    Não deixo de Lhe agradeçer os Seus votos de Boas-Vindas, sabendo de antemão que serei bem recebido (como aliás sempre fui nas mais de 30 viagens que já fiz desde os anos 80), pois que também aí no Seu País tenho muitos e bons amigos!

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  23. Estou torçendo para o desembarque de bons profissionais, afim de compartilharem seus conhecimentos permitindo a elevação de nossos conhecimentos !

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  24. Eu também, Wellington! Que venham a fim de compartilhar conhecimento e também aprender conosco. Afinal de contas, nós somos referência em superação de adversidades econômicas. Já enfrentamos e sobrevivemos a muitas crises mundiais. Podemos até prestar consultoria para outros países. rs

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  25. Luis,

    O meu receio é que a mão de obra brasileira se desvalorize ante aos estrangeiros ou torne-se mais barata do que já é devido à grande oferta de trabalhadores.

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  26. @ Christina:

    Tem fundamento o Seu receio; a pergunta é se o Brasileiro estará disposto a investir na Sua valorização cultural e profissional de modo a poder acompanhar essa concorrência externa?

    "DIZ-ME, E EU ESQUECEREI; ENSINA-ME E EU LEMBRAR-ME-EI; ENVOLVE-ME E EU APRENDEREI".

    Vai exigir sim mudanças de Atitudes e Pensamentos; afinal, futebol e samba não é tudo...
    Pessoalmente, eu acredito no Brasil (tem tudo para dar certo!), e na capacidade dos Brasileiros de se ajustarem ás exigências atuais e todos juntos fazerem desse País um exemplo para o Mundo atual! É só querer... (sic)

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  27. "...ou torne-se mais barata do que já é devido à grande oferta de trabalhadores."

    Várias pesquisas feitas por Vc's oficialmente ou de carácter particular (empresarial), constatam que há uma falta cada vez maior de Mão-de-Obra qualificada em vários setores e a vários níveis;(Engenharia, Hotelaria,Construção Civil, Serviços)...

    Não me parece assim, compatível com a Sua afirmação de grande oferta de trabalhadores!

    Trabalhadores, somos todos nós sempre e quando somos produtivos e apresentamos resultados; o handicap, pareçe estar na Mão-de-Obra qualificada e não no excesso de trabalhadores (basta olhar para a taxa de desemprego a nível nacional)!

    Sejamos transparentes nos nossos Pensamentos e Afirmações!
    Meu País, como outros aliás aqui na Europa, tem assistido a uma vaga de êxodo de recém-formados para outros destinos (alguns bem longe daqui...) tudo isso provocado unicamente pela falta de capacidade de resposta do Governo e Tecido Empresarial em recessão, pelos consecutivos exageros e erros praticados num passado recente, contudo admitidos tardiamente, e que levarão anos (gerações) até puderem ser recuperados e ultrapassados! Esses Jovens ao contrário de reclamar e esperar (em desespero) a recuperação e mudança, largaram tudo (Família e Amigos)e partem todos os dias á conquista da Valorização, Reconhecimento e Crescimento Profissional, Intelectual e Pessoal!
    Têm todo o Direito e dou-lhes todo o meu Apoio e Reconhecimento!
    Eles são o Amanhã, fazendo história Hoje!

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  28. @ Wellington;

    PARABÉNS! Muito Positivo a Sua forma de pensar; o Brasil, precisa de muitos de Vós pensando desse jeito, para chegar onde ambicionam!

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  29. Luis, respondo alguns dos seus questionamentos:
    1)"o Brasileiro estará disposto a investir na Sua valorização cultural e profissional de modo a poder acompanhar essa concorrência externa?"
    Sim! Há muito tempo estamos fazendo isso, apesar da falta de apoio de políticos e de uma massa (curral desses políticos e responsáveis por reelegê-los sempre) mais interessada em se beneficiar por propostas assistencialistas. Aliás, o Brasil é muito mais do que futebol, samba ou apenas mercado consumidor acéfalo.

    2) "Vc's oficialmente ou de carácter particular (empresarial), constatam que há uma falta cada vez maior de Mão-de-Obra qualificada em vários setores e a vários níveis;(Engenharia, Hotelaria,Construção Civil, Serviços)..."
    O problema é que essas não são as única profissões do mundo. Apesar do crescimento dessas e da ausência de mão de obra qualificada suficiente para suprir tal demanda, muitos não se identificam ou desejam seguir essas carreiras. Não acredito que o jovem estudante e/ou trabalhador deva ingressar em uma carreira para a qual não tem vocação, só pq está na moda ou empregando muito. A realização pessoal passa pela satisfação de se realizar profissionalmente, fazer aquilo que gosta. Por isso parece tão irreal os empresários reclamado que não têm mão de obra qualificada para preencher postos vagos há muito, e ao mesmo tempo trabalhadores extremamente qualificados reclamando que não há oportunidades de emprego decente no Brasil.

    3) "Meu País, como outros aliás aqui na Europa, tem assistido a uma vaga de êxodo de recém-formados para outros destinos"
    Isso já aconteceu muito no Brasil, e ainda acontece. Não há, por parte dos brasileiros, falta de coragem ou ímpeto de se lançar em outros mercados, muito pelo contrário. Mas também não há nada de errado em querer quebrar essa lógica perversa e desejar que o primeiro mundo seja aqui. Querer ficar no país natal, lutar para melhora-lo, reclamar por justiça e mudanças e construir um PRESENTE próspero.

    Temos hoje no Brasil práticas (governamentais, sociais, históricas) nada inteligentes. Uma delas é a de excluir aquele que estuda e se qualifica através de falta de reconhecimento e baixos salários. Esses migram para outros países e ganham mais, criam seus filhos em melhores condições financeiras, mas nem sempre em sua área original de atuação. Saem daqui professores e viram entregadores de pizza em NY. E mesmo os que obtém sucesso profissional sonham em voltar e viver aqui, dividindo com a sociedade seus avanços sociais e econômicos. Isso não é crime, é direito!

    Nossos jovens não estão parados esperando em desespero uma mudança mágica realizada pelo mercado, alheia à sua vontade e participação. Eles estão ativos, reclamando valorização através de trabalho, campanhas, visibilidade, reclamando e conseguindo reconhecimento e crescimento profissional não só para poucas profissões diretamente ligadas ao boom ocasionado pelos eventos Copa e Olimpíadas ou descoberta de mais petróleo. O Brasil é mais que isso e demanda reconhecimento em todas as áreas profissionais (devidamente qualificadas com enorme esforço) agora, não no brilhante e fugidio futuro. Não queremos nos adaptar ao mercado, como fizemos em toda nossa história. O mercado que se adapte a nós! Hoje somos a única esperança de muitos e temos que aproveitar essa oportunidade. Hoje nós somos consumidores, criadores, exportadores, importadores, desenvolvedores e profissionais exigentes. Não estamos à parte do mundo globalizado, mas também não vamos aceitar qualquer coisa (uma gentil esmola?). Cansamos de ser pomar, pulmão, casa de veraneio, matéria prima. Estamos lutando por espaço de qualidade na liderança do mundo e não é abandonando ou desistindo do nosso país que conseguiremos isso.

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  30. @ Christina;

    Permitame corrigir, pois apenas fiz uma questão;
    A segunda, foi uma afirmação!
    Sinto revolta no Seu texto bem como os extremos 8 ou 80; Na Sua opinião qualquer Brasileiro quando imigra,ou abandona o País ou desiste dele (Vc mesmo escreveu!).

    Recordo o Seu Tema em debate:"O Brasil é o novo destino para profissionais estrangeiros qualificados em busca de oportunidades de emprego"

    Repito:profissionais estrangeiros qualificados!

    Foi sobre este tópico apenas que eu aceitei escrever no Seu blog; contudo nesta Sua ultima mensagem, Vc aborda tudo o que Lhe vem á cabeça (e alma) despejando um monte de afirmações que em nada abonam o Seu tema original!

    Quando cheguei á America á mais de vinte anos atrás, me puseram trabalhando de "Commis" quando eu tinha estudado "Hotel Management" numa Universidade na Suíça, e já tinha no Currículum Profissional mais de três anos como "Maître" e nem por isso me senti diminuido; tudo era novo para mim, e hoje olhando para trás, só tenho a agradeçer que o tenham feito pois que aprendi a liçao toda desde o "0"! E trabalhei duro (muito duro) 14/16 horas/dia, 7 dias/semana, 6/9 meses consecutivos, durante mais de vinte anos. E foi uma Grande Escola! E, nunca por um minuto deixei de sentir meu País em meu coração, de pensar na minha Família; contudo era pelos dois que eu me sacrificava, construindo meu destino, o contribuindo para o sustento dos meus! E não me sinto menos Protuguês por isso; e não sinto que abandonei ou desisti de meu País! Meu País, não me deu as condições que eu procurava para como Vc mesmo diz "A realização pessoal passa pela satisfação de se realizar profissionalmente, fazer aquilo que gosta." E foi justamente o que eu fiz, (sem reclamação) onde me foi permitido e apoiado fazer!

    De acordo que o Brasil pode ser muito mais do que isso como Vc diz; mas tem um caminho a percorrer, e tem que dar muitos exemplos aí mesmo internamente e para o exterior, de que o quer fazer.
    Me parece um pouco arrogante e despropositado a Sua afirmação "O mercado que se adapte a nós!" A História das Nações assim não O demonstra; sempre estaremos dependentes da Lei da Procura e da Oferta; e não é concerteza reclamando, que vai mudar, pura utopía!

    (uma gentil esmola?): Me explique (se quiser...) que estigma é esse, que de verdade não consigo entender...

    " Eles estão ativos, reclamando";
    não me parecer ser o caminho ideal e objetivo para como Vc diz "lutando por espaço de qualidade na liderança do mundo"

    Liderança não se faz com reclamação;

    “A maior virtude de um Líder, é fazer com que os seus liderados
    façam o que precisa de ser feito sem ter que mandar!”

    sim com o Exemplo! (sic)

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  31. Me perdoem a gralha;

    E não me sinto menos Protuguês por isso

    óbviamente quero dizer Português!

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  32. Luis,

    Eu escrevi uma resposta enorme para você, mas o meu computador travou e tudo foi perdido. Vou resumir bem o que tinha dito antes.

    Não existe rancor na minha resposta, nem raiva ou revolta. Não escrevi qualquer coisa que passou pela minha cabeça ou alma sem propósito. Penso cada palavra que escrevo aqui com todo respeito que tenho pelos meus leitores e com a mente muito aberta. Amo viajar e experienciar a a diversidade cultural do mundo, prezo acima de tudo a liberdade do ser humano de fazer o que deseja, logo, jamais taxaria de traidor alguém que saia do país em busca de novas oportunidades.
    O posicionamento do Brasil mudou perante o mundo. Nosso poder de barganha é maior assim como nossa influência. Por isso acho que devemos adequar nossas leis e condições de entrada de trabalhadores estrangeiros que queiram vir para cá a fim de proteger os nossos profissionais. Esse processo de adequação aconteceu em vários países, não é exclusividade nossa.
    Acho que você entende o significado do verbo "reclamar" de forma negativa apenas (insistir, suplicar, incomodar). Reclamar também significa "tomar posse daquilo que é seu por direito" e é nesse sentido que eu uso o verbo.

    Liderança não se faz abaixando a cabeça, adaptando-se à vontade alheia e aceitando qualquer coisa.

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  33. @ Christina:

    "Estamos lutando por espaço de qualidade na liderança do mundo e não é abandonando ou desistindo do nosso país que conseguiremos isso."

    A afirmação, é Sua!
    A questão, ao contrário de "barganha" é avaliar o que os Brasileiros estão dispostos a fazer para acompanhar e honrar os compromissos de desenvolvimento que se registam atualmente; como Se predispõem á enfrentar os desafios, e aceitar o envolvimento e participação de "profissionais estrangeiros qualificados" para atingir os objectivos propostos!

    Admitir os nossos sentimentos, é um primeiro passo para a mudança; e, tem desilusão, tristeza, raiva ou revolta sim (eu teria...) no Seu discurso!

    Falta a aceitação de que Sós não O farão mas com o empenho de todos (Brasileiros e Estrangeiros), vai ser possível pôr o Brasil no patamar que merece, como potência emergente!

    Quanto a "adequar nossas leis e condições de entrada de trabalhadores estrangeiros que queiram vir para cá a fim de proteger os nossos profissionais.", (pela Vossa própria história),terão que passar gerações até que Vc e os demais possam vir a disfrutar os ventos de mudança!

    Negativo? Eu? Minha visão?
    Seus comentários até agora, são de crítica e condenação; "tomar posse daquilo que é seu por direito", Vc faz demonstrando o Seu Empenho, Dedicação, Paixão e Profissionalismo!

    Demonstre primeiro, para com fundamento, exigir depois!

    "Liderança não se faz abaixando a cabeça..."

    Nunca foi; se mostra, dando o Exemplo que é justamente o que falta ser mostrado; Humildade e compromisso de que estão aí, e que Todos querem tomar parte dessa aventura, não reclamendo, mas dando o exemplo (individual) de que estamos, queremos e juntos vamos ser! (sic)

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  34. Luis,

    A minha afirmação citada acima não demonstra nenhuma taxação quanto aos que fazem isso. Ela simplesmente responde a uma afirmação sua de que os jovens do seu país partem em busca de realização em outros países em vez de ficarem reclamando. O que eu quis dizer é que essa não é a única solução. Se quiser tentar a vida em outros países, parabéns, vá a luta! Mas há também a possibilidade de ficar em sua pátria e lutar por melhorias, entendeu?

    Outra coisa, esse nosso debate é uma oportunidade de pensarmos essa questão analisando diversos pontos e olhares. Não é uma disputa para mostrar quem está certo ou errado. Cada um de nós que respondeu aos questionamentos que propus no último parágrafo contribuiu para enriquecer a percepção dos demais com o seu ponto de vista. O debate serve para expandir horizontes e descobrir nuances novas através dos argumentos dos demais. Mas não significa que com isso alguém deva mudar de opinião ou que um está certo e o outro errado. Por isso, compreendo seus pontos de vista, que acrescentam muito ao debate justamente por você ser estrangeiro.

    Gostaria de comentar com você uma matéria que li ontem que dava dicas a brasileiros que estão indo passar férias na Europa agora para não serem barrados no aeroporto. Segundo a matéria, os brasileiros foram o povo mais barrado na chegada à Europa no ano passado e início desse ano, e os países que mais proíbem a nossa entrada são Portugal e Espanha. A reportagem ensinava a não pedir mais de 20 dias de autorização para permanecer no país porque isso é considerado suspeito nessas nações, que julgam que brasileiros não podem passar (ou arcar com as despesas?) 30 dias de férias por lá, e encaram tal pedido como um subterfúgio para ingressar ilegalmente no país!!! Mulheres menores de 30 anos são as mais barradas, mesmo com toda a documentação e comprovantes exigidos em ordem, porque supostamente não estão entrando na Europa para turismo e sim para se prostituirem!!!!
    E isso não é preconceito? É disso que eu falo quando exijo condições de tratamento iguais para a entrada de estrangeiros aqui. Você comentou que já veio ao Brasil diversas vezes, Quantas dessas você passou vexame no aeroporto brasileiro só por ser português? Quantas vezes foi barrado? Entende a diferença de tratamento?
    Agora imagina se eu quiser mesmo me mudar para Portugal ou qualquer outro país da Europa para trabalhar! O protocolo é outro e as barreiras muito mais difíceis porque a UE não deseja mais emigrantes em seus países concorrendo com o seus trabalhadores, mesmo os qualificados.
    O Brasil finalmente está dando um salto de infra-estrutura e demandando muitos trabalhadores qualificados para isso. Essa é a oportunidade perfeita para todos aqueles brasileiros que nunca tiveram chance de se qualificarem. Eles estão estudando e sendo treinados pelas próprias empresas que precisam dessa mão de obra. É a chance dessa população ascender socialmente, agregar novos conhecimentos e gerar um ciclo positivo e próspero aqui. E a entrada de mão de obra estrangeira pode arruinar essa rara oportunidade.
    O fato de eu perceber e analisar friamente esses fatos não denota raiva ou tristeza ou desilusão no meu discurso. Estou apenas reivindicando igualdade de tratamento. Dessa forma, poderemos ter também igualdade de oportunidades.

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  35. @ Christina;

    Desconhecendo a Sua idade, posso contudo afirmar que Vc é uma Jovem, e Lhe pergunto se alguma vez ouviu um velho ditado:

    "Paga o Justo pelo Pecador"?

    "Mulheres menores de 30 anos são as mais barradas, mesmo com toda a documentação e comprovantes exigidos em ordem, porque supostamente não estão entrando na Europa para turismo e sim para se prostituirem!!!!
    E isso não é preconceito?

    Infelizmente não; O maior número de garotas de programa estrangeiras em Portugal, tem 3 origens; Brasil, Ucrania e Roménia! Infelizmente, até assaltante de banco Brasileiro temos agora por cá, coisa que á cinco anos atrás, era impensável!!!

    Tem muitas outras matérias que Vc devia também ler, para entender que no passado (recente) muitos abusos cometidos por mulheres Brasileiras (e não só), que tinham através de Portugal, uma porta de entrada para a Europa e várias reportagens de TV's europeias mostraram isso mesmo, onde na Prostituição e tráfico estavam envolvidas. E foram vários os Parceiros Europeus que fizeram exigências de adopção de medidas pois que a situação estava ficando fora de controle!

    Infelizmente, acontece todos os dias, de todas as semanas, de todos os meses, á já muitos anos em todas as partes do mundo!

    Tudo isso, nada tem a ver com o número de Turistas Brasileiros que anualmente Nos visitam; nada tem a ver com o número de Brasileiros que escolheu Portugal para viver e, Lhe garanto que são muitos, e conheço alguns.

    Eis uma matéria interessante para Vc ler:

    http://embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/2010/11/cresce-numero-de-turistas-brasileiros.html

    Tudo na vida, é como uma moeda; tem sempre dois lados!

    Quantas dessas você passou vexame no aeroporto brasileiro só por ser português? Quantas vezes foi barrado? Entende a diferença de tratamento?

    Nenhuma, e nunca darei essa chance, e sabe porquê? Porque "Quem não deve, não Teme!"

    Chegar ao final do dia em paz com a minha Consciência, sempre foi para mim, mais importante que tudo o resto! Minha Avó dizia: "Honra, e serás Honrado!"

    E, olhe, não sou, nem nunca me senti melhor que ninguém!

    ..." Agora imagina se eu quiser mesmo me mudar para Portugal ou qualquer outro país da Europa para trabalhar! O protocolo é outro e as barreiras muito mais difíceis..."

    Nada nos dias de hoje nesse mundo é fácil, e para mim, as coisas fáceis nem têm sabor; agora como dizia um Grande Imperador Romano:

    "Porque uma coisa parece difícil, não acho que seja impossível de realizar."
    - Marcus Aurelius.

    E se fôr esse o Seu desejo, tem aqui uma pessoa disposta a Lhe ajudar em tudo o que puder, recebê-La de braços abertos, guiandO-A nos Seus primeiros passos!

    Já Lhe disse e renovo a minha afirmação, são muitos os Brasileiros de bem chegando e sendo bem recebidos! Semana passada, minha irmã vendeu mais um Apartamento de Alto Padrão para uma Srª Brasileira que justamente veio para se estabelecer no meu País.
    Venham por bem, e serão sempre Bem-Vindos, tal como eu sou, sempre e quando chego ao Brasil, com a mesma igualdade de tratamento e oportunidade!(sic)

    P.S.: Jamais estive ou estarei, disputando o que quer que seja com Vc!!! Que fique claro.

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  36. @ Christina:

    Matéria interessante para ler, e pensar...

    http://online.wsj.com/article/SB10001424052702304231204576403910374743694.html?KEYWORDS=Brazil%27s+Boom+Needs+Talent+

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  37. @ Christina:

    Leia, reflita, e comente...

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizcaversan/937919-impossivel-ser-civilizado.shtml

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  38. Cadê o botão de NÃO GOSTEI?
    Por aqui têm muito profissional qualificado desempregado, acho desnecessário importar mão de obra.

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  39. Eu também não gosto desse cenário, Felipe. Concordo que temos ótimos profissionais sem aproveitamento aqui no Brasil e por isso escrevi esse texto para chamar a tenção de todos para essa situação.

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